Toda história tem
um início e esta não é nem um pouco diferente. É apenas uma história comum, com
pessoas comuns, mas que estão tentando encontrar uma maneira de fazer a
diferença em um mundo comum. Tudo começou na bela tarde de sábado, dia
29/12/2012. Tínhamos acabado de almoçar e estávamos tomando uma cervejinha e
vendo vídeos gastronômicos no YouTube.
Tudo ia bem na nossa vidinha comum e
carnívora até que meu marido resolveu mostrar um vídeo chamado TERRÁQUEOS (em
inglês “EARTHLINGS). Para quem nunca viu, está disponível no YouTube (https://www.youtube.com/watch?v=Flqj178NtpA).
Não é um vídeo fácil de ser digerido, exatamente como a carne, os ovos e o
leite que utilizamos para saciar nossa fome. A esta altura você já deve estar
imaginando o que vou falar: “Huuummm… lá vem essa tonta falar mal de carne… Eu
adooooroo omelete….. Não posso ficar sem sorvete!”. Sim, vou falar exatamente o
que você está pensando. Naquela bela tarde de sábado, eu e meu marido decidimos
nos tornar veganos.
A decisão não
estava atrelada a questões de saúde (até mesmo porque ainda estamos em período
de transição e ainda fumamos, mas logo, logo, vou contar que paramos!!). A
grande decisão veio porque não há como ficar imune a tamanho sofrimento de
seres vivos exatamente como nós. Que amam como nós. Que tem laços de família
como nós (ou até mais unidos). Que parem (ter filhos) como nós. Que amamentam
como nós. Você, caro carnívoro, pode não pensar assim. Pode pensar nos animais
como um meio para matar a fome.
Tem um pequeno
exercício que eu gosto muito de fazer. Toda vez que vou fazer algo, eu me
coloco no lugar da pessoa que será atingida pelo que vou fazer. Tento, desta
forma, imaginar como minhas ações podem atingir aqueles ao meu redor. Com os
animais não é diferente. A grande questão é se você os vê como semelhantes e
dignos do amor e consideração que temos, ou não. Se você vê os animais como
simples pedaços de carne, eu proponho o seguinte: da próxima vez não vá ao
mercado, coma o seu cachorro ou o seu gato. Ou melhor, espero o cachorro ou o
gato darem cria. Quando os filhotes nascerem, você separa a mãe, compra um
aparelho de sucção, coloca nos peitos da cachorra ou da gata e suga todo o
leite. Este leite, você coloca na geladeira e toma todos os dias pela manhã.
Ahhh! Você pode alimentar seus filhos também com este leite.
Para os filhotes
não morrerem, dê muita ração, anabolizantes, antibióticos e toda essa
porcaria que anda por aí. Eles irão crescer rapidinho e “muito saudáveis”!
Quando estiverem prontos, você os coloca num gancho de cabeça para baixo (pode
ser no quintal de casa, mas não esqueça do balde!!). Você também pode dar uma
martelada na cabeça do bichinho para ele “não sofrer tanto”. Então, você pega
uma faca, pode ser daquelas de cortar pão, você abre a garganta do bichinho de
cima a baixo e deixa ele sangrando até a morte (não esqueça do balde embaixo
para não sujar muito!!). Voila!! A carne do almoço está pronta!!
Huuuummmm…. ficou
com nojo?? Ficou com pena?? Ficou revoltadinho?? Pois é… eu também… ainda mais
quando vejo milhares de pessoas pegando os “cortes de carne” no mercado e
verificando a procedência.
Não vou ser
hipócrita. Assumo que fui carnívora durante minha vida inteira. Tenho 38 anos e
ainda achei tempo de mudar. O veganismo não é apenas uma questão de saúde, é
uma questão de posicionamento moral e ético perante o consumismo exagerado que
está acabando com o ser humano e com o mundo. Cada um de nós pode fazer uma
pequena parte, tomando atitudes e dizendo NÃO ao que a sociedade prega como
“politicamente correto ou aceitável”.
Eu poderia
continuar, continuar e continuar, mas comecei este blog assim apenas para
passar a ideia do porquê me tornei vegana. Mas, acho que foi o suficiente para
o primeiro post… Meu intuito é fazer mais um diário de transição pois sinto que
estou passando por inúmeras transformações pessoais, ideológicas e outras
tantas que estou descobrindo, desde que parei de comer carne, ovos e leite.
Você quer participar desta jornada comigo?? Pode
deixar um recadinho, uma pergunta ou pode me xingar também… hehehehe… Todos
somos livres para escolher o que queremos!!!
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